Seguradora diz que divisão de valor pós-morte de Marília Mendonça seguiu acordo técnico e consensual

A MAPFRE, empresa responsável pelo seguro pós-morte do acidente que vitimou Marília Mendonça e outras quatro pessoas, afirmou nesta quarta-feira (16) que a divisão do valor pago aos familiares das vítimas foi feita “em consenso entre as partes e com base em critérios técnicos”. A declaração foi dada ao portal g1, após a polêmica envolvendo a mãe da cantora, Ruth Moreira, e os familiares das demais vítimas da tragédia.

O acidente ocorreu em novembro de 2021, em Minas Gerais, e não houve sobreviventes. Além de Marília, morreram o produtor musical baiano Henrique Bahia, o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros, e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

O valor total do seguro foi de US$ 2 milhões. Segundo os herdeiros das outras vítimas, Ruth Moreira teria exigido ficar com 50% do valor — cerca de US$ 1 milhão. Assim, os outros US$ 1 milhão foram divididos igualmente entre as quatro famílias restantes, o que resultou em US$ 250 mil para cada uma. De acordo com os familiares, se o valor fosse repartido em partes iguais entre todos, cada herdeiro teria recebido US$ 400 mil.

A MAPFRE informou que cumpriu integralmente o acordo homologado pela Justiça e não vai comentar detalhes sobre o caso.

Apesar da formalização do acordo, os parentes das vítimas disseram discordar da forma como a divisão foi feita. O pai de Henrique Bahia, George Freitas, declarou que todos acabaram aceitando os termos apresentados por não enxergarem alternativa. Segundo ele, o advogado de Ruth teria sinalizado que, caso houvesse recusa, o processo seria levado à Justiça.

Já Fernanda Costa, ex-esposa de Henrique Bahia e mãe do filho dele, contou que chegou a enviar um áudio para Ruth, em 2022, pedindo que o valor fosse dividido de forma igualitária. Segundo Fernanda, Ruth respondeu dizendo que o assunto só poderia ser tratado com o advogado da família.