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A Bahia é o estado brasileiro com mais casos novos de câncer de próstata. Serão 6.510 em 2025, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) – o que equivale a cerca de 18 novos casos por dia e um risco estimado de 89,05 notificações a cada 100 mil homens.
Só em Salvador estão 1.200 desses casos, o que corresponde a um risco estimado de 89,10 a cada 100 mil homens. Se tratam de estimativas porque o câncer ainda não é, na prática, uma doença de notificação obrigatória.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente de tumor mais entre a população masculina. Em 2024, a doença foi responsável por 17.587 mortes no Brasil, de acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Ministério da Saúde.
Na Bahia, a situação toma uma dimensão mais alarmante, com a liderança do ranking de casos. De acordo com o urologista Bruno Falcão, membro titular da SBU, alguns dos motivos dessa posição elevada são a dificuldade de acesso aos médicos, uma vez que a Bahia é um estado grande e tem menor oferta de especialistas e exames, diagnóstico tardio e o fato do estado ter uma população majoritariamente parda e negra, grupos com risco mais alto de desenvolver tumores de próstata e de forma mais agressiva.
Nesses casos, os tratamentos oncológicos são os mesmos: cirurgia, radioterapia, vigilância ativa, quimio e hormonioterapias e terapias-alvo. O que muda é a estratégia. “Rastreamento mais cedo, rápido acesso à biópsia e estadiamento, controle de comorbidades e inclusão em estudos clínicos para reduzir diferenças de desfecho. Não há terapia aprovada específica por raça, mas há pesquisa genética em andamento”, explica o médico
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