Renan diz que não é governo nem oposição e recusará ‘pauta-bomba’

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante entrevista nesta terça-feira (4) (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante entrevista nesta terça-feira (4) (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante entrevista nesta terça-feira (4) (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (4) que “não haverá” no Congresso “pautas-bomba”, que elevam as despesas do governo. Ele disse que não é governista nem oposicionista e que, como presidente do Congresso, quer “colaborar com o país”.

Renan Calheiros deu as declarações antes de um almoço com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no qual disse que irir discutir a conjuntura econômica e discutir(retirar esse discutir) projetos como o da reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o que reduz a desoneração da folha de pagamento das empresas.

“Não haverá no Congresso Nacional pauta bomba, não haverá. É o contrário. Nós estamos preocupados em desarmar a bomba que está posta na economia. Eu não sou nem governista, nem antigovernista, vou me pautar sempre como presidente do Congresso Nacional, um poder independente, autônomo, que quer colaborar com o país, com o olhar sempre da sociedade”, declarou.

Mais tarde, o vice-presidente da República, Michel Temer, também comentou o tema. Ao chegar ao gabinete da vice-presidência, ele disse a jornalistas que que “não há bomba fiscal” no Congresso Nacional. “Não há bomba fiscal, não. Na reunião de líderes, ontem, o próprio líder do governo ressaltou que a pauta de agora é uma pauta que remanesceu do período pré-recesso. Então não é pauta-bomba, não. Essas coisas serão cuidadas com muita tranquilidade”, disse o vice-presidente.

Desonerações
Sobre o projeto de lei das “reonerações” das folhas de pagamento, como chama, o senador Renan Calheiros criticou a proposta e indicou que não será fácil para o governo aprová-la na Casa.

“Nós não votamos ainda porque nesse cenário de crise, de recessão, de desemprego, ela [a proposta] agravará o quadro. Ela será danosa para o país. Então, nós vamos reunir os líderes e conversar um pouco sobre o que vamos fazer com ela”, disse.

 

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