Placar instalado na Ufba, em Salvador, mostra cortes na pesquisa e educação

Foto: Reprodução

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Um placar que mostra o montante que já foi cortado nos setores de pesquisa e educação em todo país, desde 2015, foi instalado na reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, como parte da programação do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, que ocorre desde a segunda-feira (16).

Com o nome de “tesourômetro”, o equipamento integra a campanha nacional “Conhecimento sem cortes”, promovido por professores universitários, cientistas, estudantes e pesquisadores.

A campanha conta também com uma petição online, disponível neste site, que já registra mais de 80 mil assinaturas.

O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) coordenam a ação na Ufba .

Cortes na Ufba

O reitor da Ufba, João Carlos Salles, havia informado, em coletiva de imprensa na semana passada, que cerca de 15% do orçamento de custeio, destinado à manutenção das atividades da instituição para este ano, estão bloqueados por conta do contingenciamento de verbas feito pelo governo federal.

“Do orçamento de custeio, cerca de 15% ainda não foi desbloqueado, o que deve importar em algo perto de R$ 30 milhões ainda a serem liberados para o funcionamento da universidade. Do ponto de vista do capital, temos contingenciamento de cerca de 40%”, explicou o reitor.

Segundo a assessoria da Ufba, o orçamento previsto para este ano era de R$1.422.603.990,00, sendo a maior parte referente a custo de pessoal e encargos, da ativa e aposentados, e é pago diretamente pelo governo federal.

As verbas de “custeio” são destinadas a custos como reformas, pagamento de terceirizados, pagamento de luz, água, ou seja, manutenção das atividades da universidade. Já a chamada verba de “capital” serve para aquisição de material permanente, como computador, ar condicionado, mesas e realização de obras.

“Continuamos lutando por verba de custeio, para pagamento de terceirizados e etc; e de capital, para dar continuidade a obras. Ainda estamos brigando por mais limite e por um desbloqueio do nosso crédito, para que aquilo que seja pactuado no orçamento da universidade seja mantido”, disse João Carlos.

Congresso

O Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão ocorre nos campus de Ondina, na reitoria, no Canela, e na bliblioteca de Saúde, de segunda (16) a quarta-feira (18). A programação tem 93 mesas de debates, apresentação de 2.374 trabalhos de estudantes e 60 intervenções artísticas.

São 15 convidados de outros estados e países que participarão das mesas. Intervenções artísticas, oficinas e exposições serão espalhadas por todas as unidades da Ufba.

A universidade ainda receberá o Fórum de Artes e Tradições Populares (Forpop), que busca a interação de mestres populares da cultura com a universidade. A programação completa está no site do congresso.

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