OIM teme afogamento de refugiados

 

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Migrantes sírios e afegãos resgatados após naufrágio de embarcação que levava cerca de 100 pessoas próxima a ilha grega. (Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters)

 

 

A indecisão política entre os Estados membros da União Europeia pode resultar em mais afogamentos de refugiados no Mediterrâneo, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta terça-feira (15), fazendo um apelo por um acordo para “divisão de responsabilidade”.
“À medida que o perigo aumenta, nós tememos que as indecisões na Europa resultem em mais mortes no mar (Egeu)”, disse Leonard Doyle, porta-voz da OIM, em entrevista coletiva em Genebra. “As decisões tomadas por vários governos (europeus) de estabelecer controles de fronteira terão um efeito bastante prejudicial.”

Um número recorde de 20 mil refugiados entrou na Áustria na segunda-feira e já recebeu a companhia de mais 5.550 nesta terça de manhã, de acordo com a porta-voz da agência de refugiados da ONU, Melissa Fleming. O Acnur ainda alerta contra devolver os refugiados à Sérvia, que não tem capacidade de garantir abrigo e cuidar das pessoas que chegaram ao país, disse ela.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça que está “profundamente desapontada” com a falha dos ministros da União Europeia em chegar a um consenso sobre um plano de compartilhamento na relocação de 120 mil refugiados.
“Acordos decisivos são necessários sem atrasos futuros para atender às necessidades, como uma ação corajosa baseada na solidariedade de todos os Estados membros”, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em nota.
A maioria dos ministros do Interior da União Europeia, em encontro em Bruxelas na segunda-feira, chegou a um acordo inicial para compartilhar 120 mil pessoas que buscaram asilo, além de 40 mil distribuídas em uma base voluntária até o momento. Mas detalhes do acordo, que será formalizado em 8 de outubro, foram vagos, e diversos países ex-comunistas da parte central da Europa ainda rejeitam as cotas obrigatórias.
Fonte: G1 

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