Milhares ficam desempregados em Maragojipe devido a corrupção na Petrobras

 

Foto: reprodução

As obras do Estaleiro Enseada, que funcionaria como fornecedor de navios-sonda para a exploração do pré-sal, em Maragojipe, no interior da Bahia, está parada há mais de dois meses devido a corrupção na Petrobras. A paralisação acarretou no desemprego de milhares de pessoas direta e indiretamente.

Das quatro empresas responsáveis pela construção do estaleiro, três são brasileiras: Odebrechet, a OAS e a UTC; e estão envolvidas com a investigação da Operação Lava Jato. O que motivou a suspenção do financiamento por parte do Fundo da Marinha Mercante e também dos bancos envolvidos,  faltando apenas 20% para a conclusão das obras.

De acordo com reportagem do Jornal Nacional exibida ontem (24), em dois anos foram investidos cerca de R$ 2,5 bilhões em estruturas. No inicio das obras sete mil pessoas estariam trabalhando, porém mais de 6,5 mil foram demitidas. Atualmente, apenas técnicos da área de segurança ainda possuem seus empregos.

Com a paralisação hotéis, postos de gasolina e restaurantes, além de outros comércios foram fechados aumentando a taxa de desemprego. Ainda de acordo com a reportagem não há previsão para retomar as obras.

O estaleiro tem 1,1 bilhão para receber da empresa Sete Brasil, valor que seria suficiente para quitar os débitos, mas não há previsão de quando a divida será quitada. As obras foram interrompidas quando a Sete Brasil deixou de pagar os estaleiros que contratou para construir 21 sondas.

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