“Governo se enforcou com a própria corda”, diz Rodrigo Maia sobre contas de Dilma
A manutenção da prática consta do requerimento de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. A expectativa dos opositores é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeite o pedido na próxima terça-feira, 13. Eles então apresentarão recurso em plenário, que pode ser aprovado por maioria simples (50% mais um dos presentes).
“O presidente Eduardo Cunha não tem a opção de não decidir. Ele tem obrigação com esta Casa e com o Brasil”, disse o líder do Solidariedade, Arthur Oliveira Maia (BA). “A rejeição significa uma coisa grave. A presidente mostra para o Brasil inteiro que a responsabilidade dela com o dinheiro público foi extrema. A decisão abre caminho para o impeachment porque ela continuou este ano. Cria o clima que queríamos”, disse o presidente do partido, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
“Dilma vai pagar o preço político de desconsiderar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse resultado dá mais legitimidade ao início do processo de afastamento da presidente”, disse o líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).
Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014 por unanimidade reafirma a autonomia do TCU e fortalece o pedido de impeachment protocolado na Câmara por Bicudo e Reale Júnior.
“Apesar das diversas tentativas do governo de constranger os ministros do TCU e de adiar o julgamento, o tribunal reafirmou a sua autonomia e independência e mostrou que a lei deve ser cumprida por todos, incluindo a presidente da República. Certamente, a rejeição das contas por crime de responsabilidade fiscal, em decorrência das pedaladas fiscais, reforça o pedido de impeachment protocolado na Câmara”, afirmou Sampaio.(AE)
Fonte: Diário do Poder