Anatel rejeita proposta da Oi de trocar multas por investimentos
![](https://hora1noticias.com.br/wp-content/uploads/2017/10/ouvidoria-oi.png)
![](https://liderancanews.com.br/wp-content/uploads/2017/10/ouvidoria-oi.png)
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) rejeitou a proposta da Oi de trocar multas por investimentos. A proposta da empresa envolvia multas aplicadas por infrações relacionadas a Direitos e Garantias dos Usuários, Fiscalização e Interrupções.
Em reunião extraordinária nesta segunda-feira (23), a Anatel avaliou que a Oi pode não ter capacidade para honrar os compromissos de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Endividada, a Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado. A empresa aguarda a assembleia de credores para a apresentação do seu plano de recuperação. Na sexta-feira (20), a Justiça remarcou a assembleia para o dia 6 de novembro, em primeira convocação, e para 27 de novembro, em segunda.
Em nota, a Anatel afirmou os planos apresentados pela empresa não dão garantias de que haverá recursos suficientes para que a Oi cumpra os termos dos acordos que trocam multas por investimentos.
“O andamento não satisfatório das tratativas voltadas à construção de um plano de recuperação judicial sustentável para o Grupo Oi trouxe à agência questionamentos sobre a capacidade do grupo honrar os compromissos que viriam a ser assumidos no âmbito dos TAC’s”, justificou a Anatel.
Os acordos feitos com a Anatel estipulam um prazo de quatro anos para que os investimentos sejam concluídos.
Em maio do ano passado a Anatel chegou a aprovar um acordo com a Oi que previa a troca de R$ 1,2 bilhão em multas da empresa por R$ 3,2 bilhões em investimentos.
Logo depois a empresa entrou em recuperação judicial e o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Anatel paralisasse o processo.
Recuperação complicada
A Oi protagoniza o maior pedido de recuperação judicial da história, com dívidas de R$ 65 bilhões a serem negociadas.
O processo é complexo e há impasse para aprová-lo. Os credores querem virar donos de uma grande fatia da empresa caso tenham suas dívidas convertidas em ações, o que contraria os atuais acionistas.
Fonte: G1