Salva-vidas realizam protesto na orla contra reajuste zero do prefeito de Salvador
“O mar não está bom para o salva-vidas. Quem está prejudicando nosso trabalho é o prefeito de Salvador. Cinco anos sem reajustes e mais um ano que ele tenta emplacar seu reajuste zero. Doamos nossas vidas para o salvamento aquático em Salvador e ele desgasta ainda mais nossas mentes, nossas almas com sua estratégia negocial deprimente e depreciadora”. Assim, o presidente da Associação Baiana de Salvamento Aquático (Abasa), Geraldo Costa comentou a situação dos agentes de salvamento aquático lotados na Salvamar.
Os salva-vidas em greve desde a última segunda-feira (07) realizaram um protesto na manhã deste sábado (12), na orla marítima, no trecho de Patamares. Servidores de outros órgãos da Prefeitura também participaram do ato promovido pela entidade na expectativa de sensibilizar a população quanto à situação precária da categoria. Segundo o presidente da Abasa, além do reconhecimento social da profissão e sua consequente valorização, a Prefeitura se nega discutir itens como estrutura de trabalho. “A sociedade nos reconhece como instrumentos de garantia da vida nas águas da cidade. Diferente disso, o prefeito e sua equipe nos humilham sem reajuste salarial, reconhecimento legal da profissão e não oferece condições ideais de trabalho nas praias. Nossos mirantes são estruturas precárias, inseguras e contaminadas. Nós que salvamos vidas precisamos que nossas vidas sejam preservadas diante do espectro da morte que ronda nosso trabalho dentro e fora das águas”, disparou Costa.
Os trabalhadores do serviço público municipal definiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Na próxima segunda-feira (14), a partir de 8h, haverá nossa assembleia geral. Desta vez, o ato será realizado no Largo do Campo Grande.