Com estoque de sangue em estado crítico, PMs fazem doação ao Hemoba

Logo agora com a chegada do São João, período em que mais pessoas se acidentam, seja nas estradas ou no contato com fogos de artifício, a quantidade de sangue em estoque na Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) é mais preocupante. Sobretudo a situação dos tipos sanguíneos mais raros como o A-, O- e O+, que é considerada crítica.
No entanto, nesta quarta-feira (14), 635 policiais militares de todo o estado foram até os hemocentros para tentar ajudar a aumentar os estoques, bem como chamar a atenção da população para a importância da doação.
A policial Marcela Miranda é doadora de sangue há três anos e não deve deixar de ajudar o Hemoba tão cedo.
A PM diz que tenta ficar calma na hora de retirar o sangue. “Eu tenho que me acalmar antes, porque às vezes dói um pouco”, admite, mas sem perder o bom humor.
Já o policial Magno Wenderson Rodrigues deixou de doar há dois anos e, agora, resolveu voltar. “Eu doava periodicamente, mas parei. Hoje voltei a ajudar as pessoas que estão precisando de sangue”, disse ele, exaltando a importância da campanha.
Estoque
No Hemoba, em Salvador, existem quatro legendas para classificar a quantidade de sangue disponível para transfusão, de acordo com Marinho Marques, médico e diretor-geral da fundação. Os tipos sanguíneos B-, O-, B+ e O+ receberam a legenda de “estado crítico”. Já o A- encontra-se com uma quantidade “em alerta”. Os tipos sanguíneos A+, AB- e AB+ estão com uma reserva “estável”.
Embora essa seja uma época em que mais se precisa de sangue em estoque, esse período é, também, quando menos pessoas procuram os hemocentros para doar.
Como doar
Para fazer a doação, os interessados devem procurar os hemocentros com um documento de identidade – não vale crachá e carteira de estudante -, e ter entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos só na companhia de um responsável. Também é preciso ter acima de 50 quilos e não ter tido resfriado e febre nos últimos 15 dias.
No hemocentro, o paciente passa por uma triagem médica para saber o tipo sanguíneo e as condições de saúde. Nesse caso, o interessado na doação precisa preencher um formulário com algumas perguntas, como por exemplo: você fez tatuagem recente? Se expôs em alguma situação de risco?
Após coletado o sangue, os médicos analisam o material para saber as condições do doador. Só depois é feita a transfusão, sobretudo para pacientes que sofrem com algum problema na medula, anemia falciforme e traumas.
Fonte: Correio*