Desemprego fecha 2017 em queda, mas a média do ano é a mais alta desde 2012
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O desemprego no Brasil seguiu em queda e ficou em 11,8% no quarto trimestre de 2017, atingindo 12,3 milhões de pessoas, 5% a menos do que nos três meses anteriores. Apesar de as taxas indicarem uma tendência de queda a cada trimestre, a qualidade dos empregos não melhorou, já que a maioria das vagas não oferece carteira assinada.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.
A população ocupada chegou a 92,1 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2017: uma alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
Qualidade do emprego piorou
Entre os ocupados, a quantidade de pessoas empregadas com carteira de trabalho assinada atingiu 33,3 milhões. Houve estabilidade em relação ao terceiro trimestre, mas recuou 2% sobre um ano atrás. A quantidade de trabalhadores sem carteira assinada também ficou estável frente ao trimestre anterior, em 11,1 milhões, mas cresceu 5,7% na comparação com o quarto trimestre de 2016.
Também cresceu o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria e chegou a 23,2 milhões. A alta foi de 1,3% em relação ao período de julho a setembro, e de 4,8% sobre o último trimestre de 2016. Na média anual, o trabalho por conta própria envolvia 25% dos trabalhadores – ou 22,7 milhões de pessoas.
“Podemos dizer que este foi o ano da desaceleração da desocupação. No entanto, a qualidade do emprego não melhorou, uma vez que a maioria desses empregos não possui carteira assinada. São pessoas que trabalham por conta própria ou entraram no mercado sem garantias trabalhistas.”
Para o coordenador do IBGE, “não há qualquer indício de recuperação dos empregos com carteira assinada”.
O contingente de trabalhadores domésticos também avançou 3,1%, reunindo 6,4 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2017. Em relação a um ano antes, a alta foi ainda maior, de 4,3%.
O nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,5%. No trimestre de julho a setembro de 2017, havia ficado em 54,1% e, no quarto trimestre de 2016, em 54%.
Rendimento
O rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.154. O valor ficou praticamente igual nas duas bases de comparação.
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