Salvador é capital com maior número de pessoas infectadas com HPV

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Sete em cada dez soteropolitanos estão infectados com HPV, vírus causador do câncer de colo de útero e de outros tipos de tumor. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (27), Salvador tem a maior taxa de prevalência de HPV entre as capitais do Brasil com 71,9% da população infectada. Em seguida, aparecem Palmas (61,8%), Cuiabá (61,5%) e Macapá (61,3%).
Na outra ponta da lista, com a menor prevalência, está Recife, com índice de 41,2%. A cidade de São Paulo tem taxa de 52%, próxima do índice nacional – que é 54,6%. Já os municípios de Brasília, Campo Grande e Belo Horizonte não informaram dados suficientes para que a pesquisa fosse fechada.
A estimativa é de um estudo epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. Os pesquisadores entrevistaram 7.586 pessoas, das quais 2.669 foram submetidas ao teste de HPV. A partir dos exames, a prevalência estimada do vírus foi de ionfecção de mais da metada de população brasileira. Deste grupo, 38,4 % apresentam tipos de HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
De acordo com o ministério, é a primeira vez que um estudo estima a prevalência do vírus na população brasileira. O dado é importante, afirma a pasta, para medir o impacto da imunização daqui a alguns anos. Esse estudo é preliminar. Os dados completos só serão divulgados em 2018.
A vacina contra a doença está disponível para meninas de 9 a 14 anos. Neste ano, o imunizante também ficou disponível para meninos de 11 a 14 anos. Embora o imunizante seja gratuito e esteja disponível em todos os postos de saúde do país, o governo federal tem tido dificuldades de alcançar a cobertura vacinal ideal. Nos últimos anos, a taxa de adesão tem ficado em 50%.
Prevalência
O estudo mostrou ainda que 16,1% dos jovens têm alguma doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou resultado positivo para HIV ou sífilis. A pesquisa sobre a prevalência do vírus, batizada de POP-Brasil, foi realizada em 119 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e um Centro de Testagem e Aconselhamento nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, com a participação de mais de 250 profissionais de saúde.
Segundo o ministério, o estudo identificou os fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência do HPV em mulheres e homens entre 16 e 25 anos.
Fonte: Correio 24 horas