Capoeira da Bahia será homenageada na Assembleia Legislativa
A Capoeira será homenageada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na próxima segunda-feira (19), às 9h, com a Sessão Especial pelo Dia do Capoeirista, data comemorada no último dia 3 de agosto.
A proposta do líder do Governo na Casa da Leis, deputado Rosemberg Pinto (PT), visa valorizar a história e a contribuição cultural que a capoeira e seus praticantes oferecem à Bahia e ao Brasil.
“Esta homenagem é uma singela retribuição ao nosso povo negro que criou a capoeira nas senzalas e quilombos, resistiu a perseguição dos colonizadores, capitães do mato e do Estado e viraram o jogo para se tornarem sinônimo da Bahia com os ensinamentos de Pastinha e Bimba. Um dos mais importantes bens culturais baianos, presente nas ruas, academias, escolas e festas populares como atração turística”, celebrou o parlamentar petista.
História
Arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música; a Capoeira é brasileira e foi criada pelos africanos escravizados, a partir do século 16, para proteção contra a violência dos colonizadores.
Proibidos de lutarem, disfarçavam-na com os ritmos e movimentos das suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Daí justifica-se a originalidade e beleza dos movimentos que são sempre acompanhados de música.
Ilegal e passível de detenção até o ano de 1930, a Capoeira resistiu e recebeu, em 2008, o reconhecimento do estado brasileiro de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial e, em 2014, tornou-se Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e possui adeptos em mais de 160 países.
Os baianos e mestres de capoeira Pastinha (5/04/1889 – 13/11/1981) e Bimba (23/11/1899 – 5/02/1974) são os criadores de dois estilos de capoeira mais conhecidos: a Angola e a Regional. A primeira é a mais antiga e é caracterizada por ritmo musical lento, golpes mais próximos ao solo e muita malícia e a regional tem a mistura da malícia da angola com o jogo rápido de movimentos.